Logan, despedida a Wolverine à altura de Hugh Jackman: análise sobre o filme

Se era para ser uma despedida, que despedida! Há mais de 15 anos – desde X-Men (2000) – na pele do nosso querido Wolverine, Hugh Jackman ‘desencarnou’ do mutante. Logan (2017), mais que o término de um ciclo, é um presente aos fãs da série, explorando o que há de mais profundo no personagem.

Logan, despedida a Wolverine à altura de Hugh Jackman: análise sobre o filme

Enquanto assistia, ensaiava um trecho da minha análise em que eu diria que o filme não conta com um, mas três Wolverines; mas não só um, quatro Wolverines estrelam Logan – quem estiver atento aos detalhes, verá o quarto nos últimos segundos do filme.

Sem fazer segredo – mas sem dar spoiler –, Logan é, sim, um filme de violência, bastante violência, com cenas incrivelmente realistas. Com muito sangue e ‘cabeças – no sentido literal da expressão – rolando’ pelo chão, o filme empolga aos que buscam por ação.

A história se passa em 2029, num futuro idealizado com não só o domínio das máquinas no transporte de cargas pelas rodovias dos Estados Unidos, mas também em que os fones de ouvido ainda têm fios. Pequenas ‘falhas’ à parte, este mundo do futuro está perdendo os mutantes que pouco restam.

Em uma iniciativa do projeto Transigen, liderado pelo doutor Zander Rice (Richard E. Grant) e Nathaniel Essex (Boyd Holbrook), crianças foram criadas para se tornar novos mutantes. Entre elas, Laura (Dafne Keen), ou X-23, clone malsucedido que carrega em seu corpo a carga genética de Wolverine. Laura foi adotada por Gabriela (Elizabeth Rodriguez), enfermeira da Transigen. Mas assim como Laura, há outras crianças-mutantes que fugiram do projeto, e a Transigen não deixa isso por menos.

Na mira da maligna corporação que busca as crianças-mutantes, estão os poucos X-Men que restaram: Logan, Caliban (Stephen Merchant) e o professor Charles Xavier (Patrick Stewart), escondidos em uma fábrica abandonada na fronteira entre os Estados Unidos e o México.

Logan, que até então tentava levar uma pacata vida de motorista de limusine, recebe a missão de proteger sua ‘filha’, Laura, e levá-la ao encontro das outras crianças-mutantes, refugiadas no ‘Éden’, na Dakota do Norte.

Doente e viciado em bebida, Logan mostra um lado mais ‘humano’ de Wolverine. Vai além: o filme passeia pelas nuances de filho, pai e avô de Logan. Isso é muito bem representado no cuidado que Logan demonstra ter, o tempo todo, com seu mentor, Charles Xavier; e, posteriormente, com sua ‘filha’.

Aliás, o professor X – ainda que tomado por transtornos psíquicos – protagoniza cenas de arrepiar, demonstrando toda a força do seu poder, e a grande resistência necessária a ele.

Com X-24 – o bem-sucedido clone de Wolverine –, o filme traz a batalha mais ‘épica’, se posso assim dizer, da série; superando o até bonzinho X-Men Origens: Wolverine (X-Men Origins: Wolverine, 2009) e o pouco provocante Wolverine: Imortal (The Wolverine, 2013).

Ação, drama, despedidas… não só para Hugh Jackman. Sim, outros personagens morrem no filme, dando um toque melancólico a grande parte das cenas.

Com um fim que não só honra a trajetória de Hugh, Logan ou Wolverine – como você preferir –, mas homenageia todos os X-Men, só não se não se rendem à emoção os mais fortes.

Blog do Maurício Araya

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Sobre o autor: Maurício Araya é jornalista profissional (DRT-MA nº 1.139), com ênfase em produção de conteúdo para Web, edição de fotos e vídeos e desenvolvimento de infográficos; com passagem pelas redações do Imirante.com e g1 no Maranhão; e vencedor, por dois anos (2014 e 2015), da etapa estadual do Prêmio Sebrae de Jornalismo, na categoria Webjornalismo. Saiba mais

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