Carteira total de crédito deve crescer 9,4% em 2020, aponta pesquisa da Febraban
Resultado é melhor que o apontado no levantamento anterior, realizado em agosto, de crescimento de 6,3%.

A carteira total de crédito no Brasil deve crescer 9,4% em 2020 comparado a 2019: é o que mostra a última edição da Pesquisa Febraban de Economia Bancária realizada entre 23 e 30 de setembro, pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), ouvindo representantes de 19 bancos. O resultado é melhor que o apontado no levantamento anterior, realizado em agosto, de crescimento de 6,3%.
Segundo a Febraban, "a melhora na avaliação do cenário é resultado, principalmente, da revisão para cima do desempenho do crédito direcionado, cuja previsão de expansão mais que dobrou, passando de 3% (agosto) para 7,1% (setembro)". "Os bons resultados são fruto, principalmente, do sucesso dos programas de crédito público implementados pelo setor bancário", completa a federação em nota divulgada nesta segunda-feira (5).
Para 2021, a pesquisa também aponta melhora: alta 7,2% na carteira total de crédito.
Maioria não vê mudança na taxa Selic, que deve fechar em 2% a.a. em 2020
O levantamento revela, ainda, que, para a grande maioria dos entrevistados (94,7%), a taxa básica de juros deve fechar o ano em 2% ao ano. Nenhum dos respondentes acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) fará cortes na taxa Selic em sua próxima reunião, prevista para 27 e 28 de outubro. E apenas 5,3% esperam redução de 0,25 pontos percentuais na reunião de dezembro. 94,6% dos entrevistados entendem que a recente alta dos preços dos alimentos não deve ser suficiente para pressionar as projeções de inflação em 2021 e alterar condução da política monetária.
Em relação às projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) - soma te todas as riquezas produzidas pelo país - de 2021, metade dos participantes (52,6%) espera crescimento de 3,5%, em linha com o consenso do mercado; para 26,3%, a redução dos estímulos do governo e um cenário econômico deteriorado deve produzir revisões para baixo do desempenho da atividade econômica; 15,8% esperam crescimento superior ao que aponta o mercado impulsionado pela aprovação de uma vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV2), Selic baixa, demanda reprimida dos consumidores e utilização da poupança formada nos últimos meses.
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