Paquera com Pix pode comprometer segurança dos usuários, alerta Eset

Exposição da chave do Pix em publicações de paquera e brincadeiras nas redes sociais se tornou algo comum entre usuários.

O Pix - meio de pagamento eletrônico criado pelo Banco Central do Brasil - tem ganhado um uso alternativo entre os usuários nas últimas semanas: está sendo cada vez mais comum ver publicações como 'Não me mande flores, me mande um Pix' ou 'Aqui é ruim de conversar, anota meu Pix' nas redes sociais. Essas publicações começaram a circular por diversos motivos, mas principalmente por conta de um recurso que permite o envio de mensagens para quem vai receber a transação.

Paquera com Pix nas redes sociais pode comprometer segurança dos usuários

Alguns usuários começaram a aproveitar esse recurso para receber mensagens de algum crush, que, além disso, acabam enviando algum valor em dinheiro. Os internautas passaram a chamar essa nova prática de paquera de 'pixtinder' ou mesmo 'pixssexual'. No entanto, para a realização de transações via Pix, o usuário deve informar sua chave para a pessoa que pretende realizar a transferência de valores. O grande problema é que isso acaba ocorrendo de forma pública em perfis nas redes sociais, o que pode ocasionar o comprometimento de dados dos usuários.

Daniel Barbosa, pesquisador de segurança da companhia de segurança da informação Eset, alerta para os riscos da exposição desnecessária da chave do Pix nas redes sociais.

Ao iniciar um processo de transferência de valores através do Pix, o sistema exibe o nome completo do titular vinculado à chave e um fragmento do CPF, ou seja, isso pode fazer com que criminosos tenham mais facilidade de encontrar informações sobre possíveis vítimas e entrem em contato com elas posteriormente

A chave do Pix pode ser composta por informações como CPF, e-mail ou mesmo o número de telefone do usuário, apesar de também ser possível escolher a opção de número aleatório. Barbosa destaca que "se sua escolha de chave for o e-mail ou o próprio CPF, pessoas mal intencionadas já terão praticamente seu cadastro completo apenas ao ver sua publicação em uma rede social".

Ainda segundo o pesquisador, o ideal é escolher a opção 'número aleatório' e informar a chave apenas quando realmente necessário. "Mesmo que as pessoas tenham escolhido a opção “número aleatório” com o intuito de protegerem seus dados pessoais, elas podem estar correndo sérios riscos de segurança ao expor publicamente esse tipo de informação em suas redes sociais", finaliza.

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Sobre o autor: Maurício Araya é jornalista profissional (DRT-MA nº 1.139), com ênfase em produção de conteúdo para Web, edição de fotos e vídeos e desenvolvimento de infográficos; com passagem pelas redações do Imirante.com e g1 no Maranhão; e vencedor, por dois anos (2014 e 2015), da etapa estadual do Prêmio Sebrae de Jornalismo, na categoria Webjornalismo. Saiba mais

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