Hubble flagra evento raro: ‘birras’ de uma estrela-bebê
Antes de sua descoberta, formação dos objetos de Herbig–Haro era completamente desconhecida.
Os objetos de Herbig–Haro - pequenas áreas de nebulosidade associados a estrelas recém-nascidas - são algumas das imagens mais raras no céu noturno, assumindo a forma de finos jatos de matéria flutuando entre o gás e as estrelas circundantes. Os dois objetos de Herbig-Haro catalogados como HH46 e HH47, vistos nesta imagem capturada pelo telescópio espacial Hubble, da Nasa/ESA, foram avistados na constelação de Vela, a uma distância de mais de 1,4 mil anos-luz da Terra.

Antes de sua descoberta em 1977 pelo astrônomo americano R.D. Schwartz, o mecanismo exato pelo qual esses objetos multicoloridos se formaram era desconhecido. Antes de 1997, era teorizado por Schwartz e outros que os objetos poderiam ser um tipo de nebulosa de reflexão, ou um tipo de onda de choque formada a partir do gás emitido por uma estrela interagindo com a matéria circundante.
O mistério foi, finalmente, resolvido quando uma protoestrela, invisível na imagem, foi descoberta no centro dos longos jatos de matéria: os fluxos de matéria, com cerca de 10 anos-luz de diâmetro, foram ejetados da estrela recém-nascida e violentamente impulsionados para fora a velocidades de mais de 150 quilômetros por segundo.
Ao atingir o gás circundante, a colisão criou as ondas de choque brilhantes vistas na imagem do Hubble.
Foto: ESA/Hubble e Nasa, B. Nisini
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