ACNUR lança concurso para estampar bolas de futebol desenhadas por refugiados
Qualquer pessoa, refugiada ou não, entre 10 e 30 anos pode participar, enviando seu desenho feito à mão ou pelo computador; prazo vai até 25 de junho.
Considerando a importância dos esportes como facilitador da integração de pessoas refugiadas e a preparação de um time de atletas refugiados nas Olimpíadas de Tóquio, a Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) lançou a segunda edição do concurso de arte Juventude #ComOsRefugiados, com o tema O esporte nos une.
Até 25 de junho de 2021, pessoas entre 10 e 30 anos (refugiadas ou não) podem enviar desenhos para a iniciativa, pela internet. Além do concurso geral sobre o tema, as cinco melhores criações serão transformadas em estampas de bolas de futebol (#BolaDosSonhos), produzidas por quenianos e refugiados que vivem no Quênia, com apoio da empresa fabricante de bolas Alive and Kicking.

Uma banca avaliadora composta por refugiados, artistas e atletas fará a seleção das propostas que serão encaminhadas de todas as partes do mundo - inclusive do Brasil.
O esporte e a arte são ferramentas com potencial transformador, uma linguagem universal com potencial de mobilizar a opinião pública sobre temas globais, como é o caso do deslocamento forçado de pessoas, como destaca o oficial de comunicação do ACNUR no Brasil, Luiz Fernando Godinho.
Iniciativas como essa fortalecem a convivência pacífica entre pessoas refugiadas e as comunidades que as acolhem. As práticas esportivas ajudam os refugiados a serem integrados na sociedade, fazerem amigos e a desenvolverem um sentimento de pertencimento no novo local. Além disso, essas pessoas trazem consigo experiências, culturas e capacidades diversas de contribuições ao país
Segundo dados da publicação Sports for Protection Toolkit: Programming with Young People in Forced Displacement Settings, elaborada pelo ACNUR, quanto mais os jovens refugiados se envolvem com a sociedade local, maior é a capacidade de influenciar decisões, agregar valores e promover desenvolvimentos na estrutura social. Ainda de acordo com o documento, pesquisas realizadas com pessoas refugiadas mostram que participantes de programas esportivos desenvolvem um sentimento maior de pertencimento, o que ajuda adolescentes e jovens a impactarem positivamente os sistemas sociais nos níveis familiares e da comunidade.
Esse poder transformador também é visível quando se fala em práticas esportivas de alto rendimento: em janeiro de 2020, o ACNUR foi homenageado com a Taça Olímpica por contribuição ao esporte. E para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, segue trabalhando com o Comitê Olímpico Internacional (COI) na preparação de uma nova equipe de atletas refugiados. A equipe estreou em 2016, nas Olimpíadas do Rio de Janeiro.
Juventude #ComOsRefugiados
A edição inaugural do concurso de arte Juventude #ComOsRefugiados foi realizada em 2020 com o tema Todos contam na luta contra a Covid-19, inclusive os refugiados. O ACNUR recebeu cerca de 2 mil desenhos de 100 países e concedeu sete prêmios em todo o mundo, que foram transformados em animações pelo estúdio japonês Speed Inc.
Com informações da ACNUR / Foto: ACNUR (divulgação)
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