Golpe do PIX: especialista dá dicas para você não se tornar vítima
Com popularidade, ferramenta se tornou alvo de criminosos nos mais variados tipos de golpes; táticas para fisgar vítimas são das mais criativas.
Em apenas dois meses de lançamento, o PIX - sistema de pagamento eletrônico do Banco Central (BC) - já representava 30% das transferências entre bancos. Segundo o BC, até janeiro de 2021, a modalidade realizou mais transações do que a transferência eletrônica disponível (TED), tornando-se um dos principais meios de transferência no Brasil. Com a popularidade, a ferramenta se tornou alvo de criminosos nos mais variados tipos de golpes.
Os golpistas usam diversas abordagens, o que levou órgãos como o BC e o Procon-SP a promoverem campanhas para conscientizar os usuários. "Pela velocidade com que as transações são realizadas, muitas vezes quando a pessoa percebe já é tarde para cancelar a operação", alertou o administrador com foco em economia, banco digital e fintechs, Marcelo Pereira.

As táticas para fisgar as vítimas são criativas: desde anúncios falsos em sites ou redes sociais com produtos a preços extremamente atrativos, solicitação de envio de dados pessoais por meio de links, mensagens de texto ou ligações telefônicas, um 'bug' em que seria possível receber um valor dobrado à transferência realizada para chaves aleatórias e pedidos de empréstimos após clonar ou utilizar a identidade de outras pessoas via WhatsApp são algumas das abordagens utilizadas pelos criminosos.
Segundo o especialista, é preciso desconfiar de ofertas tentadoras: "desconfie de preços muito abaixo do normal, jamais compartilhe seus dados com estranhos, não clique em links suspeitos recebidos por SMS, WhatsApp, e-mail ou redes sociais e não acredite em 'bugs' ou outras falhas que vão lhe dar dinheiro", afirma.
Ele lembra que os bancos e seus funcionários não ligam para fazer testes de PIX e nem pedir informações pessoais. "Também confira sempre se você está realizando suas transações via aplicativo ou canais oficiais das instituições", diz Pereira.
Antes de realizar uma compra on-line, a dica é pesquisar a reputação do vendedor na internet. "Existem sites especializados e entidades como o Procon que fazem rankings de reclamação on-line. Verifique se ela existe e se o canal que você está utilizando é oficial", orienta o especialista.
Quanto à clonagem de WhatsApp, em que os golpistas pedem dinheiro emprestado usando o nome de amigos e parentes, o ideal é fazer contato com a pessoa por outro meio. "Ligue para ela ou para alguém muito próximo e pergunte se o pedido é verdadeiro", diz.
O mais importante, no entanto, é sempre checar todas as informações antes de realizar qualquer transação. "Não informe seus dados fora do aplicativo ou canal oficial e cheque todas as informações do recebedor antes de concluir sua transferência. Lembre-se, todo cuidado é pouco quando se trata do seu dinheiro", aconselha.
Se mesmo assim, a pessoa cair em um golpe, a recomendação é avisar a instituição financeira. "É importante também fazer um boletim de ocorrência para que a polícia tenha ciência do crime e possa trabalhar para que não atinja ainda mais pessoas", conclui Marcelo Pereira.
Dicas para não cair no golpe do PIX
- Jamais compartilhe seus dados com estranhos ou fora de canais oficiais das instituições financeiras;
- Pesquise a reputação das lojas antes de fazer uma compra on-line;
- Não clique em links suspeitos recebidos por SMS, WhatsApp, e-mail ou redes sociais;
- Confira os dados do recebedor antes de confirmar uma transação;
- Não acredite em boatos que prometem dinheiro por meio de transferências;
- Não empreste seu dinheiro sem confirmar, por outro meio que não seja o WhatsApp, que é a própria pessoa quem realmente está pedindo.
Com informações da AKM Assessoria / Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Gostou do conteúdo do Blog do Maurício Araya? Leia outros destaques do blog. Contribua com o debate: deixe seu comentário. E siga acompanhando tudo o que é publicado por meio do Google Notícias, Mastodon, Facebook, Instagram, TikTok, Pinterest, LinkedIn e YouTube.
Parabens pela material do Pix, com Sr. Marcelo Pereira.
ResponderExcluirInfelizmente ainda temos pessoas ingênuas. Não existe lei para este crime especificos.
ResponderExcluir