O ‘planeta’ La Silla e a Via Láctea

Condições áridas do Deserto do Atacama permitem observações espetaculares.

Parece um planeta minúsculo, mas este registro captura, na verdade, o Observatório La Silla do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), no Chile, usando uma técnica de fotografia chamada projeção estereográfica, em que uma imagem plana é projetada em uma esfera.

La Silla, lar de vários dos instrumentos da família ESO, foi inaugurado em 1969. Além de ser o primeiro observatório do ESO, também esteve na vanguarda de muitas inovações científicas e tecnológicas. O pioneiro New Technology Telescope (NTT) de 3,58 metros foi o primeiro no mundo a ter um espelho principal controlado por computador, ou 'ativo', abrindo caminho para o Very Large Telescope (VLT), onde todos os quatro espelhos estão ativos.

O ‘planeta’ La Silla e a Via Láctea

O instrumento High Accuracy Radial velocity Planet Searcher (Harps), acoplado ao telescópio de 3,6 metros, é um grande 'caçador de exoplanetas', descobrindo, entre outras coisas, o primeiro planeta 'semelhante à Terra', ou seja, na zona habitável de uma estrela.

Acima do 'planeta La Silla', se arqueia o braço de nossa galáxia, a Via Láctea. São as condições áridas do Deserto do Atacama, no Chile, que permitem essa visão, já que o La Silla tem mais de 300 noites por ano de céu limpo, sem nuvens, para observações como essa.

Foto: ESO/P. Horálek

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Sobre o autor: Jornalista profissional (DRT-MA nº 1.139), com ênfase em produção de conteúdo para Web, edição de fotos e vídeos e desenvolvimento de infográficos; com passagem pelas redações do Imirante.com e G1 no Maranhão; e vencedor, por dois anos (2014 e 2015), da etapa estadual do Prêmio Sebrae de Jornalismo, na categoria Webjornalismo. Saiba mais

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