Chá verde: aliado ou vilão? Nutricionista responde

“Chás não são capazes de fazer milagres e precisam ser usados com cautela”, alerta especialista; dica é respeitar quantidade máxima de consumo diário.

Quando o assunto é emagrecimento, é tentador acreditar que um único produto é capaz de proporcionar resultados miraculosos. É o caso do chá verde, que, há algum tempo, conquista uma legião de consumidores por conta de sua fama emagrecedora. Pelo menos, essa é a expectativa.

A realidade, no entanto, é que o consumo em excesso de chá verde traz alguns riscos, como irritações na mucosa do estômago, insônia e irritabilidade, como explica a nutricionista Paula Caroline de Fabio, do Hospital Edmundo Vasconcelos.

Chá verde: aliado ou vilão? Nutricionista responde

É preciso sempre lembrar que nenhum alimento ou substância isolada é capaz de promover perda de peso apenas por seu efeito. O chá verde tem uma leve ação termogênica e antioxidante e ajuda na queima de gordura corporal quando aliado a uma alimentação equilibrada e atividade física regular. Porém, o uso em doses concentradas ou prolongadas pode causar inúmeras consequências ao organismo

E para quem faz uso de doses concentradas do chá verde, como em cápsulas, o risco é ainda maior: quando mantido o consumo por períodos longos, há chances de desenvolvimento de reações inflamatórias, de colestase - interrupção do fluxo da vesícula -, acúmulo de gordura no fígado e até necrose.

Por ser uma bebida natural, muitos não associam a ela o potencial de problemas. Mas tudo em excesso gera riscos, inclusive produtos naturais. É preciso atenção. Os chás não são capazes de fazer milagres e precisam ser usados com cautela

Para acessar os benefícios do chá verde sem colocar a saúde em risco, a dica da especialista é respeitar a quantidade máxima de consumo diário - algo como dois copos de chá solúvel ou cerca de 10 g de erva preparados em 200 ml de água. Outro ponto essencial é checar a procedência do produto. Por último, alguns grupos devem evitar a bebida: "pessoas com doenças e alterações no fígado como hepatites, cirroses e esteatose hepática que abusam de bebidas alcoólicas e fazem uso de medicamentos hepatóxicos não devem consumir chá verde. E vale sempre lembrar que o ideal é que não haja consumo por idosos, crianças e gestantes", completa a nutricionista.

Com informações do Hospital Edmundo Vasconcelos/Tree Comunicação

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Sobre o autor: Maurício Araya é jornalista profissional (DRT-MA nº 1.139), com ênfase em produção de conteúdo para Web, edição de fotos e vídeos e desenvolvimento de infográficos; com passagem pelas redações do Imirante.com e g1 no Maranhão; e vencedor, por dois anos (2014 e 2015), da etapa estadual do Prêmio Sebrae de Jornalismo, na categoria Webjornalismo. Saiba mais

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