CCVM exibe documentário ‘Fio de Afeto’

Longa mostra história de Irene, da aldeia Gavião, e outras mulheres que ajudaram a combater a pandemia com confecção de máscaras.

Na próxima terça-feira (28), às 19h, o Centro Cultural Vale Maranhão (CCVM) exibe o documentário Fio do Afeto, de Bianca Lenti. Produzido pela Giros Filmes, o documentário revela as histórias de Irene, da aldeia Gavião, no município maranhense de Amarante; e de Gilmara, Domingas, Eliana, Jaqueline, Josie, Valdirene e Vânia, artesãs de diversas regiões do país e participantes emblemáticas do projeto Máscara Mais Renda, fruto da parceria entre Rede Asta e Fundação Vale.

O projeto apoiou 2 mil mulheres brasileiras a usarem suas experiências de vida e habilidades para contribuírem no combate da pandemia de covid por meio da confecção e doação de máscaras de tecido. Com perfis variados e muito representativos da realidade socioeconômica de suas comunidades e regiões, essas mulheres mostram como o investimento social planejado, em parceria, com foco na formação de redes têm efeitos relevantes e duradouros envolvendo produção de renda, proteção das famílias, combate à violência doméstica, autocuidado e saúde mental.

Documentário Fio de Afeto terá exibição gratuita no Centro Cultural Vale Maranhão, em São Luís
Documentário Fio de Afeto terá exibição gratuita no Centro Cultural Vale Maranhão, em São Luís
CCVM (cortesia)

As histórias das protagonistas são costuradas no filme por três ilustres brasileiras. Heloisa Buarque de Hollanda fala sobre os muitos feminismos possíveis, conta a história recente da luta pela igualdade de direitos entre os gêneros e anuncia a chegada da quarta onda feminista - a mais revolucionária de todas, que será preta, indígena, comunitária. Zezé Motta interpreta textos de Conceição Evaristo, escritora que em suas linhas tece histórias de ancestralidade, de resistência por meio do afeto e da luta, da relação visceral entre mães e filhas, dos muitos lutos impostos às mulheres pretas brasileiras. Cada palavra de Conceição, na voz de Zezé, se relaciona às trajetórias das personagens e exalta as mulheres que vieram antes delas, suas conquistas e seus legados.

A narrativa sobre o feminismo contada por Heloisa Buarque de Hollanda traz o papel e a importância das redes de solidariedade, e mesmo da costura e do bordado, na vida de muitas brasileiras. "Os bordados dizem muito, tem muito do território sendo desenhado em volta e o bordado também é uma coisa de um nó segurando em outro nó, que segura em outro nó. (...) O que é importante no bordado é essa corrente, ele é um canal de comunicação absurdo".

Após a exibição do documentário, haverá uma roda de conversa. O CCVM fica localizado na rua Direita, nº 149, Centro Histórico de São Luís.

Com informações do CCVM

Blog do Maurício Araya

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Sobre o autor: Maurício Araya é jornalista profissional (DRT-MA nº 1.139), com ênfase em produção de conteúdo para Web, edição de fotos e vídeos e desenvolvimento de infográficos; com passagem pelas redações do Imirante.com e g1 no Maranhão; e vencedor, por dois anos (2014 e 2015), da etapa estadual do Prêmio Sebrae de Jornalismo, na categoria Webjornalismo. Saiba mais

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