Metade dos brasileiros não troca de escova de dentes regularmente
Coordenador do curso de odontologia da Faculdade Anhanguera faz orientações para uso e substituições de escovas.
Além de ser um ponto de acúmulo de bactérias, uma escova de dentes desgastada não é capaz de remover impurezas e pode provocar uma série de problemas bucais, como o desenvolvimento de placa bacteriana, retração gengival e, em casos mais graves, perda dos dentes. Segundo o último levantamento da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), de 2019, apenas 50,7% dos brasileiros trocam o item após três meses de uso.
Como explica o coordenador do curso de odontologia da Faculdade Anhanguera, George Abraao Costa Nascimento, quando as cerdas começam a ficar deformadas, perdem a eficiência na remoção de sujeira dos cantos entre os dentes.
A escova pode acabar perdendo o potencial de limpeza quando as cerdas estão desgastadas. Para não comprometer a higiene bucal, é importante ficar atento se a escovação está sendo feita com mais força, o que acaba prejudicando os dentes e a gengiva
Para conservar a qualidade das escovas de dentes, é necessário preservá-las em um ambiente que permita a secagem completa entre um uso e outro, pois a umidade constante contribui para a cultura de germes, fungos e bactérias que se multiplicam com o decorrer do tempo.

Após a higienização bucal, é preciso lavá-las em água correte e guardá-las em pé. A recomendação da dentista é para que a substituição do item ocorra a cada três ou quatro meses, sempre que as cerdas estiverem com o aspecto gasto.
Infecções
Quando o indivíduo passa por um período de doenças respiratórias, como a gripe ou a covid, ou enfrenta infecções na boca e dores de garganta, é aconselhado fazer a troca das escovas de dente. Os germes e vírus relacionados ao problema de saúde podem se alojar nas cerdas, mesmo que estejam novas, e causar a reinfecção depois da recuperação.
Para evitar a contaminação de uma escova para a outra, é preciso utilizar porta-escovas com fendas para que uma peça não entre em contato com as outras do mesmo banheiro.
Escova elétrica
As escovas dentais elétricas têm a mesma capacidade de limpeza das convencionais e são indicadas para pessoas com problemas motores, por permitirem a limpeza dos dentes com menos movimentação das mãos. A troca também deve ser feita periodicamente e, de preferência, a cada três meses de uso, porém, apenas a cabeça da peça com as cerdas deve ser substituída.
Geralmente, o indicado por especialistas é a escolha de cerdas macias para a higienização completa sem danos à gengiva ou desgaste do esmalte dental. A avaliação de um dentista qualificado irá auxiliar na escolha de escovas de dentes apropriadas para cada pessoa, de acordo com o tamanho da boca e da arcada dentária.
Anhanguera/Ideal
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