Itinerância da mostra ‘Imagens que não se conformam’ chega a São Luís

Após temporada de sucesso em Belém, rico acervo do IHGB chega à capital maranhense, seguindo diálogo com produções de artistas contemporâneos.

A partir de 25 de julho, São Luís recebe a exposição Imagens que não se conformam, que reúne peças da coleção do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e trabalhos de artistas contemporâneos. A exposição ficará em cartaz até 4 de novembro de 2023 no Centro Cultural Vale Maranhão (CCVM), localizado na rua Direita, nº 149, no Centro Histórico da capital maranhense.

Realizada pelo Ministério da Cultura, Instituto Cultural Vale e Instituto Odeon, a mostra apresenta ao público peças e obras raras e significativas do acervo do IHGB que remetem aos períodos colonial, imperial e republicano do Brasil, e trabalhos de artistas maranhenses contemporâneos, propondo um diálogo profundo acerca da desconstrução das narrativas históricas já constituídas.

Itinerância da mostra Imagens que não se conformam chega a São Luís: após temporada de sucesso em Belém, rico acervo do IHGB chega à capital maranhense, seguindo diálogo com produções de artistas contemporâneos
Após temporada de sucesso em Belém, rico acervo do IHGB chega à capital maranhense, seguindo diálogo com produções de artistas contemporâneos
CCVM (cortesia)

Com curadoria de Paulo Knauss e co-curadores locais, a itinerância por três Estados brasileiros reflete o trabalho de articulação do Instituto Cultural Vale na busca pela descentralização e integração das diversas manifestações culturais por todo o país.

Essa experiência que circula o Brasil seguirá rumo a Belo Horizonte, no fim de novembro. Baseada no diálogo entre o antigo e o novo, a exposição conta com curadores e artistas das respectivas localidades, reconhecendo assim a diversidade da produção contemporânea e inventariando a multiplicidade de visões sobre a história do Brasil.

Itinerância da mostra Imagens que não se conformam chega a São Luís: após temporada de sucesso em Belém, rico acervo do IHGB chega à capital maranhense, seguindo diálogo com produções de artistas contemporâneos
Após temporada de sucesso em Belém, rico acervo do IHGB chega à capital maranhense, seguindo diálogo com produções de artistas contemporâneos
CCVM (cortesia)

"É de extrema importância que nós tenhamos familiaridade com a história, que estejamos em contato com o passado e que nos aprofundemos em uma visão analítica e crítica sobre o tempo", comenta Carlos Gradim, presidente do Instituto Odeon, idealizador e realizador da itinerância.

"A experiência da exposição no Museu de Arte do Rio (MAR), com curadoria também de Marcelo Campos, e em Belém, com curadoria de Aldrin Figueiredo, demonstram que as novas narrativas são possíveis e indispensáveis para pensarmos, juntos, como tem que ser, um presente mais diverso e democrático e um futuro possível para todos. O Brasil está sendo repensado e é uma enorme satisfação fazer parte disso", conclui.

"Imagens que não se conformam procura tornar mais conhecida do público a coleção do IHGB, instituição cultural mais antiga do Brasil, que foi fundada em 1838, sob a proteção do imperador D. Pedro II, com objetivo de recolher documentos da história nacional. Espera-se que o inventário de diferenças entre o antigo e o novo, entre o erudito e o popular, entre o nacional e o regional, estimule pensar historicamente o Brasil atual e seus desafios a partir de uma abordagem sensível", detalha Paulo Knauss, sócio titular e vice-presidente do IHGB, além de curador da exposição.

Em São Luís, a exposição vai contar com trabalhos de relevantes artistas maranhenses que, a partir das obras do IHGB e das reflexões sobre elas, darão novo e complexo significado à história por meio da arte. "O berço da cultura maranhense é afro-indígena, portanto, é imprescindível que, ao recebermos um acervo histórico do nosso patrimônio, seja proposto um contraponto ao que foi contado sobre o passado. Silvana Mendes traz um novo olhar sobre retratos históricos, tendo a mulher negra como protagonista; Claudio Costa propõe um arco e flecha clandestino, dialogando com a ruína e com os usos do passado; e Tassila Custodes trata do armorial e a importância das cores para a definição da cultura afro-brasileira. Além deles, há outros artistas convidados, todos propondo uma renovação de perspectiva e uma outra escrita histórica", explica Gabriel Gutierrez, diretor do CCVM e curador da exposição.

A estreia da exposição foi em 2021, quando esteve em cartaz no MAR, onde o diálogo ocorreu com artistas cariocas.

CCVM

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Sobre o autor: Maurício Araya é jornalista profissional (DRT-MA nº 1.139), com ênfase em produção de conteúdo para Web, edição de fotos e vídeos e desenvolvimento de infográficos; com passagem pelas redações do Imirante.com e g1 no Maranhão; e vencedor, por dois anos (2014 e 2015), da etapa estadual do Prêmio Sebrae de Jornalismo, na categoria Webjornalismo. Saiba mais

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